É com muita honra que nos encontramos esta noite em missão espiritual para falarmos neste grupo sobre Religião e Política. Gostaríamos antes de mais nada de deixar bem claro que religião e política não têm diferença: a religião é a política do espírito. Se a política é a arte de servir ao povo, da mesma forma o é a religião: é a arte de servir aos espíritos encarnados. Portanto, política e religião em nada se distinguem no seu objetivo final que é conduzir a massa encarnada para melhores lugares e com melhores resultados para suas vidas.

O político, o espírito que nasce com a liderança, nada mais é do que um servidor do Plano Espiritual como guia de um grupo de espíritos. Esta deve ser a sua postura. O político não pode pensar em vida própria pois ele não nasceu com uma missão própria e sim com a missão de liderar populações buscando melhores lugares para a vida.

O espírito que nasce com a vocação política em suas veias deve ter a certeza absoluta de que sua vida está à disposição dos outros espíritos na carne. Alguns, entretanto, mesmo que não nasçam com esta missão, se evocam o direito de procurar a vida política como meio de subsistência material.

Esses espíritos se carregam de muitos erros pois não têm essa missão. Não podem fazer aquilo para o qual não se encontram preparados. Política é para aquele que vem com esta missão.

Mas, como identificar aquele que vem com essa missão? Procurem no político a liderança. Necessita o político ter a liderança natural, ou seja, quando ele fala as multidões compreendem e o seguem pois sabem que ele está falando para o bem. Já aquele que não tem essa missão, procura através da corrupção, da compra dos votos, da compra e aquisição de destino dos outros, um lugar para ganhar dinheiro.

Não tem esse político o menor pensamento no sentido de servir ao próximo. Não consegue arrebatar da multidão sentimentos positivos e somente com troca de favores consegue o mandato. É como um padre, um pastor, um mentor espiritual ou um guia que trabalha para auxiliar os irmãos cobrando por seus atos.

A palavra em política, a palavra em religião, chama-se liderança. É líder aquele que é capaz de transmitir a sua mensagem de tal forma que possa o espírito ouvinte compreendê-la, entendê-la e segui-la.

É por este motivo que tanto se vê casos de corrupção política. Elas acontecem não só nos dias de hoje, mas no decorrer de todos os milênios. Isso acontece porque aquele que sobe ao poder sem ter liderança sobe para satisfazer suas próprias necessidades. É o mesmo que um padre ou um pastor sem vocação.

Muito se fala das igrejas adventistas, das Assembléias de Deus, mas muitos destes lugares fazem trabalhos magníficos quando o pastor é um líder nato. Por esses motivos, todo aquele que tem a função de líder deve ter a missão para exercer a liderança.

Um outro fator importante: quem nasce com a missão de ser um líder, nasce com a responsabilidade pelos atos que praticará ou que fará outros praticarem. O acúmulo de erros destes é muito grande porque se o grupo erra por determinação de um líder, certamente o acúmulo de erros do grupo será todo lançado sobre o líder. Não pode nunca o líder pensar em si para resolver. E aquele que não tem essa missão e se avoca, o erro normalmente é muito maior.

Portanto, política e religião em nada se diferenciam: são dois instrumentos de Deus para colocar espíritos à prova e trazer o benefício para a humanidade.

Com as graças de Deus.

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