O ponto de vista, na verdade, é o conceito estagnado, que leva ao julgamento. Não conceituar o universo é não ter ponto de vista. O Universo é para ser sentido e não compreendido.
Aquele que tem pontos de vista, tem caminhos pré-traçados, ou seja, verdades absolutas. Esse tipo de verdade é Deus e Sua ação. Ponto de vista é conceito guardado e arquivado. Conceito guardado que acaba levando à julgamentos ou à interpretações erradas.


Os espíritos elevados (os que estão fora da matéria carnal) não possuem pontos de vista. Quando agem, seguem o cumprimento das ações estabelecidas por Deus. Eles não possuem querer, apenas praticam o que lhes é determinado pelo Pai.
Dizer que uma entidade, num local consagrado a Deus, é capaz de vir e expor a sua opinião não importando se esta opinião faz parte do desejo de Deus, é dizer que Deus tem trabalhadores que querem ser Deus. Um espírito, quando vem para um trabalho espiritual, não trabalha sozinho. Qualquer espírito, venha ele para um processo mediúnico ou não, venha para um trabalho de incorporação ou não, não está sozinho.
Sempre estará cercado de outros que o estão aconselhando. Eles permanecem ligados a outros que estão aconselhando, mas os conselheiros também estão ligados em outros. Dessa forma, instantaneamente, todas as informações que estão acontecendo no momento do trabalho espiritual correm.
Isto é um trabalho espiritual ligado a Deus. Se o trabalho espiritual está ligado ao plano inferior, o trabalhador que está aqui estará ligado a um Juiz, que por sua vez, por toda escala espiritual, também estará ligado a Deus.
Não pode acontecer na sua vida o fruto do meu livre-arbítrio. Não posso eu, como trabalhador, vir aqui e fazer o que eu quero. Aceitar isso como verdade seria ofender a Deus primeiramente. Imaginar que o Pai não ampare seus filhos quando estão buscando-O.
Além disso, mesmo que quisesse, nenhum espírito pode alterar nada dentro de outro espírito a não ser que receba autorização expressa do “Amigo de Encarnação” daquele espírito. Quando um espírito trabalhador faz um aconselhamento direto ao encarnado não pode aconselhar sem a presença, a audição e a concordância do “Amigo de Encarnação”.
É esse mentor quem pede à entidade, ou ao espírito que está orientando, que traga as informações que o ser encarnado precisa saber. Tudo o que um espírito fora da carne disser para um encarnado, pode alterar a vida do espírito, porque se constituirá em um conceito.
Afirmar que um espírito trabalhador, em um local onde se invoca o nome de Deus, pode agir de acordo com os seus “pontos de vista” é extremamente descabido, sob o ponto de vista de alguém que estuda o mundo espiritual.
Quando disse aqui que um ato, às vezes, até na carne de uma pessoa nesse Planeta pode até refletir no primeiro planeta do sistema solar, não falei num exemplo gigantesco, mas em algo que acontece. A bomba atômica explodida por vocês, pode quebrar todo o sistema e balanceamento do Universo, se não for trabalhada pelos espíritos do Plano Espiritual Superior.
Então, como pode uma pessoa imaginar que um espírito tenha a liberdade de vir numa casa onde Deus impera e utilizar o seu livre-arbítrio, utilizar os seus conceitos, os seus pontos de vista, que é uma coisa que espíritos trabalhadores não possuem? Então, como pode agir dessa forma, mesmo que tivesse ideias preconcebidas para passar?
Isto pode acontecer e acontece, quando o espírito que vem é um zombador. Ai consegue transmitir informações, mas essas logo depois, são desmentidas, porque não passavam de zombarias, não passavam de provocações para que o espírito na carne caísse no ridículo e o zombeteiro estivesse rindo.
Mesmo assim, para que esses zombeteiros possam agir dessa forma é necessário que Deus autorize que isto aconteça. Se aconteceu, nem o espírito deve ser criticado pois quem recebeu a informação precisava e merecia.

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